terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"A orgia dos troféus"

Outros blogueiros já tocaram neste mesmo assunto e até com o mesmo título. Mas foi com este título que a revista Carta Capital de alguns anos atrás transcreveu artigo de Jason Cowley sobre "a orgia dos troféus" , do qual saíram estas pérolas:

"A arte começa a se parecer com o esporte, com listas de vencedores e perdedores e espetáculos de competição: Os Oscars, os Baftas, os Brits."

"No mundo dos livros, os prêmios há muito suplantaram as resenhas como meio principal de divulgação literária. Hoje, eles também estão retirando dos críticos profissionais a tarefa de julgar".

"(....) a biografia resumida a uma mera lista de prêmios obtidos, a um exercício de auto-enaltecimento. É como se não tivéssemos outra linguagem para elogiar um autor ou nenhum outro vocabulário de avaliação".

"(...) como se as conquistas passadas validassem a oferta atual".

"Mas não se deve levar isso demasiadamente a sério, sobretudo quando nos lembramos que o primeiro Nobel de Literatura, em 1901, o prêmio que pôs em movimento o trem dos prêmios modernos, foi ganho por Sully Prudhomme (1839-1907). Sim, isso mesmo, Sully Prudhomme. Um dos infelizes perdedores naquele ano foi Leon Tolstoi (1828-1910). O autor de Guerra e Paz e Ana Karenina nunca recebeu o Nobel. Mas Sully Prudhomme, autor de.....(bem, diga-me você!), sim".

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