
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
"O Caçador de Pipas", uma dica literária

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
O seu amor

Ame-o e deixe-o
livre para amar
O seu amor
ame-o e deixe-o
ir aonde quiser
O seu amor
Ame-o e deixe-o
BRINCAR
Ame-o e deixe-o
CORRER
Ame-o e deixe-o
CANSAR
Ame-o e deixe-o
DORMIR EM PAZ
O seu amor
ame-o e deixe-o
SER O QUE ELE É
Poema enviado por Mirele Antunes Serrano
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Poesia de um palestino sobre o ataque de Israel contra seu povo
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista
Consfiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista
Assassinaram minhas alegrias,
Sequestraram minhas esperanças,
Algemaram meus sonhos,
Quando recusei todas as barbarias
Eles.... mataram um terrorista.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Tese de mestrado na USP por um psicólogo
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: 'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo.
No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar. O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão. E quando você volta para casa, para seu mundo real? Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
PENSAMENTO DO DIA EM 1867!!!
Karl Marx, in Das Kapital, 1867
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O predador

Mário de Andrade / Augusto Campos
...pérolas de Marx
Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.
O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da do homem; a essência domina-o e ele adora-a.
A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo.
A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes.
A religião é o ópio do povo.
Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.
Uma idéia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas.
As idéias dominantes numa época nunca passaram das idéias da classe dominante.
As revoluções são a locomotiva da história.
O que distingue uma época econômica de outra, é menos o que se produziu do que a forma de o produzir.
Os operários não têm pátria.
Se o bicho da seda tecesse para ligar as duas pontas, continuando a ser uma lagarta, seria o assalariado perfeito.
Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, práticas esportes, etc. , mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Drummond / Gregory Colbert
"A orgia dos troféus"
"A arte começa a se parecer com o esporte, com listas de vencedores e perdedores e espetáculos de competição: Os Oscars, os Baftas, os Brits."
"No mundo dos livros, os prêmios há muito suplantaram as resenhas como meio principal de divulgação literária. Hoje, eles também estão retirando dos críticos profissionais a tarefa de julgar".
"(....) a biografia resumida a uma mera lista de prêmios obtidos, a um exercício de auto-enaltecimento. É como se não tivéssemos outra linguagem para elogiar um autor ou nenhum outro vocabulário de avaliação".
"(...) como se as conquistas passadas validassem a oferta atual".
"Mas não se deve levar isso demasiadamente a sério, sobretudo quando nos lembramos que o primeiro Nobel de Literatura, em 1901, o prêmio que pôs em movimento o trem dos prêmios modernos, foi ganho por Sully Prudhomme (1839-1907). Sim, isso mesmo, Sully Prudhomme. Um dos infelizes perdedores naquele ano foi Leon Tolstoi (1828-1910). O autor de Guerra e Paz e Ana Karenina nunca recebeu o Nobel. Mas Sully Prudhomme, autor de.....(bem, diga-me você!), sim".
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Uma curiosidade
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Euclides, o ecologista


A mente

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
...de Nelson Mandela

A flor e carvoaria
nasceu uma flor
na janela da carvoaria.
Era amarela
a flor que havia
na janela
A regra
é que toda coisa
na carvoaria
ficasse negra
A flor amarela
que nasceu outro dia
na janela da carvoaria
não fugiu à regra
Depois daquele dia
a vida, na carvoaria
não mudou quase nada.
Mas a janela,
ela nunca mais foi a mesma;
ficou levemente perfumada
Sérgio Antunes
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
K. Kraus

A "química" de Lavoisier e mais um pouco

Mário Quintana /Hélio Oiticica

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Lembranças

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
O destino, o homem escolhe?

Martin Heidegger: O homem é uma possibilidade do ser, é liberdade, sem predeterminações.
Jean Paul Sartre : O homem se define pela sua existência no mundo e pelas escolhas que faz.
Kant : A lei moral é que comanda a razão do homem, e obedecendo ele é livre; mesmo "obrigado" por essa lei, não é por ele determinado.
Sören Kierkegaard : O atributo básico do indivíduo é sua capacidade de escolher e decidir o que é bom ou mau.
Jesus Cristo : O homem tem a liberdade de optar entre Deus e o diabo, e assim entrar no céu ou no inferno.
Duns Scott : A vontade do homem como reflexo do divino é essencialmente livre .
Santo Inácio de Loyola: A salvação depende da fé, e ainda das obras.
Epicuro : No universo comandado pelo determinismo mecânico, o homem é interiormente livre e pode conquistar a tranquilidade do espírito.
Henri Bergson : Nada é predeterminado, pois só a evolução é realmente criadora, embora imprevisível.
Erasmo, no quadro do humanismo medieval, salientou a importância do livre-arbítrio contra o determinismo defendido por Lutero.
William James afirmou que só a liberdade ou o ocaso impedem a história de ser mera repetição.
Martinho Lutero : Por causa do pecado original, o homem é incapaz de, por si mesmo, fazer o bem, vivendo preso ao pecado.
Buda : O livre-arbítrio humano não se coaduna com a sequência de causa e efeito, característico do processo universal.
Baruch Spinoza : Como tudo é governado por uma ordem lógica, não existe o livre-arbítrio na esfera psicológica .
Demócrito : Sendo todo o universo regido por leis mecânicas, nada acontece por acaso.
Santo Agostinho : Somente pela graça de Deus os homens podem ser virtuosos.
Maomé : Não há limite ao poder de Deus, que predestinou tudo no mundo.
João Calvino : O homem estaria condenado sem o auxílio de Deus.
Thomas Hobbes : De acordo com seu materialismo, nem mesmo o pensamento é livre, tudo está determinado.
~São Paulo : Apenas pela graça os homems podem ser redimidos.
Karl Marx : Na história, todas as leis morais, bem como o processo de produção econômica, derivam das posições de classe social.
Cornelius Jansen : Deus ajuda apenas os seus eleitos, não há esperanças para os pecadores.
Freud : Nossa vida é determinada desde a infância pelos conflitos psíquicos de origem sexual .
Pérola Literária
Trecho de "Memórias da Casa dos Mortos",
de Fiodor Dostoiévski
domingo, 8 de fevereiro de 2009
A mente
Drummond / Lennon
sábado, 7 de fevereiro de 2009
O homem

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
A mente
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
"....orgulho do imprestável!"
Fazer coisas desúteis.
Eu queria avançar para o começo.
Chegar ao acriançamento das palavras.
Preciso atrapalhar as significâncias
O despropósito é mais saudável que o solene.
Para limpar as palavras de alguma solenidade
-uso bosta!
Nasci para administrar o à toa, o em vão, o inútil
Prefiro as máquinas que servem para não funcionar:
Quando cheias de areia, de formiga e musgo
-elas podem um dia milagrar de flores
Também as latrinas desprezadas
que servem para ter grilos dentro
-elas podem um dia milagrar violeta
Senhor eu tenho orgulho do imprestável!"
(Manoel de Barros)